RISE associa-se a workshop dedicado às doenças cardiovasculares e desenvolvimento de novos tratamentos
Evento apoiado pelo Laboratório Associado RISE debruçou-se sobre modelos in vitro usados na investigação cardiovascular
A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) realizou, no passado dia 26 de novembro, o workshop “In vitro models of Cardiovascular Diseases”, iniciativa que contou com o apoio do Laboratório Associado RISE.
Sandra Marisa Oliveira, investigadora do Laboratório Associado RISE (UnIC@RISE/FMUP), apresentou, uma técnica de vanguarda na investigação cardiovascular que utiliza secções de miocárdio em culturas biomiméticas (Living Myocardial Slices, LMS), aproximando a investigação in vitro dos modelos in vivo. A investigadora discutiu os desafios atuais na implementação desta técnica e realçou o seu potencial translacional.
Bernardo Abecasis, investigador do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET), abordou estratégias terapêuticas inovadoras dirigidas a macrófagos, com recurso a células CAR-T, no combate à fibrose nas doenças cardiovasculares.
Seguiu-se a investigadora Ana Rita Gomes (i3S) que apresentou um trabalho de otimização de um sistema de high-throughput para testar novos fármacos para o tratamento da fibrose cardíaca.
Já Sandrina Pereira, investigadora do iBiMED, da Universidade de Aveiro (UA), abordou as questões metabólicas e epigenéticas durante a reprogramação direta de fibroblastos de ratos de laboratório em cardiomiócitos.
O futuro da investigação em cardiologia
Mónica Zuzarte, investigadora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (FFUC), centrou a sua intervenção na hipertensão arterial pulmonar, apresentando o 1,8-cineol, um composto químico presente em diversas plantas, nomeadamente o eucalipto, como uma potencial estratégica terapêutica. Demonstrou que este composto tem capacidade de reverter a disfunção mitocondrial, hipertrofia e disfunção ventricular direita.
O workshop contou também com a participação de Raquel Costa, investigadora da Universidade Católica (UCP), que apresentou uma visão geral de modelos experimentais celulares usados no estudo da angiogénese, que se encontra comprometida em várias patologias, como a diabetes e as doenças cardiovasculares.
Seguiu-se Vera Costa, da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP), que discutiu as vantagens e limitações de vários modelos celulares cardíacos utilizados na investigação das complicações cardíacas associadas ao tratamento do cancro (cardio-oncologia).
A intervenção de Cristiana Fernandes encerrou o workshop. A mestranda da Universidade de Aveiro, que realizou o seu trabalho de investigação na FMUP, apresentou os resultados obtidos no âmbito do projeto SEXDIFEND: Impacto do sexo na (dis)função endotelial para o tratamento da insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada, liderado pela investigadora Rita Nogueira Ferreira, em curso na FMUP, e financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
O workshop “In vitro models of Cardiovascular Diseases” contou com a participação de estudantes, docentes e investigadores de diferentes instituições, e com o apoio do Laboratório Associado RISE.