Investigador RISE vai representar Portugal na OMS

Especialista foi eleito representante de Portugal na Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC)
O investigador do RISE – Rede de Investigação em Saúde (CI-IPOP@RISE), Lúcio Lara Santos, atingiu um marco histórico ao ser eleito primeiro representante de Portugal na Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC), organismo especializado da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Esta nomeação ocorre após a entrada de Portugal como 30º Estado-Membro da IARC, oficializada no passado dia 7 de maio, em Lyon, França, e através da qual passará a integrar ensaios clínicos internacionais e beneficiar de apoio técnico e científico no organismo da OMS.
“Esta eleição foi uma surpresa porque, em primeiro lugar, havia pessoas a concorrer com currículos científicos e de atividade na área da oncologia bastante impressiva”, apontou o também cirurgião do Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO Porto), destacando ainda a importância desta nomeação. “Foi para mim muito importante saber que países africanos, asiáticos e Brasil votaram na minha presença no Conselho Científico [da IARC] porque nos permite alicerçar atividades que já desenvolvíamos e estar envolvidos nos trabalhos centrados no cancro que a IARC leva a cabo em países em desenvolvimento”, afirmou.
“Nós podemos, neste momento, almejar chegar a outra áreas e envolver estes países, e Portugal, na investigação que a IARC coordena”, concluiu.
Lúcio Lara Santos é investigador do Laboratório Associado RISE (CI-IPOP@RISE), debruçando-se sobre temas como a compreensão dos mecanismos do cancro e a identificação de biomarcadores para oncologia de precisão. No Centro de Investigação do IPO Porto, uma das Unidades de Investigação que integram o Laboratório Associado RISE, coordena o Grupo de Patologia eTerapêutica Experimental.
Fundada em 1965, a IARC é a agência intergovernamental da OMS dedicada à promoção da colaboração internacional na investigação das causas do cancro, tendo um papel ativo e de referência na publicação de dados sobre a ocorrência da doença em seres humanos.
Fotografia: IPO-Porto