RISE debate envelhecimento e desafios associados à idade avançada

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Laboratório Associado RISE debateu os desafios associados ao Envelhecimento e a necessidade de garantir o bem-estar dos cidadãos

Na 14ª edição do Encontro Ciência, que decorreu entre os dias 3 e 5 de julho na Alfândega, o Laboratório Associado RISE, através das Unidades de Investigação que o constituem, apresentou, no último dia do evento, uma sessão temática centrada no envelhecimento.

Intitulada “Envelhecimento:  Desafios atuais para o bem-estar global”, a iniciativa, moderada por Elisa Keating (CINTESIS@RISE/FMUP), contou com intervenções de renomeados investigadores do Laboratório Associado RISE.
A estreia do púlpito da Sala do Laboratório do Encontro Ciência ficou ao encargo de Óscar Ribeiro (CINTESIS@RISE/UA) que, na sua intervenção, abordou os desafios da idade avançada e a necessidade de incorporar este tema nas discussões sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Seguiu-se Paulo Santos (CINTESIS@RISE/FMUP), que destacou o facto de a população mundial viver mais anos, mas com menor qualidade de vida. “Se queremos continuar a ver pessoas a andar de bicicleta aos 100 anos, temos de as ensinar a fazê-lo a partir dos primeiros anos das vidas”, afirmou o especialista do Laboratório Associado RISE, destacando assim a necessidade de preparar os cidadãos para o envelhecimento.

Já Ana Carina Pereira (CI-IPOP@RISE) abordou o cancro como a segunda principal causa de morte a nível mundial, vincando que os “pacientes com mais de 70 anos de idade representam 48% das mortes associadas a esta doença”.
Fernando Osório (CINTESIS@RISE/FMUP) destacou, por sua vez, a necessidade de desenvolver uma ter

apêutica personalizada para o idoso, realçando ainda que, a nível nacional, o cancro da mama é o tipo de cancro com maior incidência em cidadãos com mais de 70 anos de idade.

A sessão contou também com a intervenção de Isabel Miranda (UnIC@RISE/FMUP), que destacou a importância de ter uma coorte de pacientes que já tiveram um Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma vez que esta iniciativa, de acordo com a investigadora, vai permitir “avaliar a associação entre o microbioma e o AVC”.

Luís Azevedo (CINTESIS@RISE/FMUP) encerrou a sessão ao debruçar-se sobre os desafios e oportunidades levantados pelo cuidado aos pacientes idosos com doenças crónicas. Na visão do investigador, a saúde digital tem potencial para “melhorar o apoio dado a pacientes e profissionais de saúde”, melhorando também os resultados, a coordenação do sistema de saúde e a alocação de recursos.

A necessidade de trabalhar os conceitos de saúde e bem-estar, definir faixas etárias restritas e promover o bem-estar no envelhecimento através da tecnologia e desenvolvimento da literacia sobre o envelhecimento foram algumas das conclusões identificadas na sessão.

O Encontro Ciência 2024 é promovido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, em colaboração com o Ciência Viva e com a Universidade do Porto.